E eu lentamente associei suas palavras, mas sabe quando você come bolacha água e sal sem tomar água? Era assim, não queria passar pela minha garganta.
Você tentou me dizer com toda delicadeza, eu sei. Era leve, mas era doído.
Você tentou ser gentil, me encheu de elogios, “você é perfeita garota” não há nada que eu não goste em você…
Mas como ser feliz sem você? Você disse que gostava muito de mim, mas que nós, eu e você, não era pra ser. Frustrante. Agonizante. Inacreditável. Chorei. Me partiu o coração. Minha cabeça doeu dias seguidos, e eu confesso, até achei que iria morrer.
Mas eu não sei como, não sei quando, eu comecei a me desapegar de você. Sabe aquilo tudo de sentir seu cheiro em todo lugar? Não sentia mais. Nem via seu rosto em todos os rostos por aí, talvez seja porque eu havia parado de procurar.
Se você quer saber, eu estava bem, muito bem. Parecia que as cores estavam voltando no meu mundo encobrindo todo esse cinza escuro com o qual você insistiu em pintar minha vida. A comida estava voltando a ter gosto, e eu já conseguia comer o prato todo, sem sobrar nada. E agora, que as piadas começaram a ter graça novamente, me vem você. Me aparece com seu sorriso lindo, e esses olhos que me encantam… Me rouba, me traz pra ti novamente, e nunca fuga súbita some novamente da minha vida. Sabe eu tenho tanta coisa pra te falar! Eu te chingaria dos nomes mais absurdos, eu contaria de como você me deixou, e de tudo o que você me fez passar (!), porém não importa o quanto eu tente resistir, toda hora que você aparece, você me desarma.