Arquivo do autor:Paolla Saraiva
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Tem um poema do Fernando Pessoa que ele fala: “a vida de tão interessante que é a todo momento, a vida chega a doer, a dar vontade de dar pulos, de ir para fora de todas as casas e ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.”
As vezes dá essas vontades!
(Diálogos na madrugada).
Paralelos
Gosto da sua energia…. gosto dessa calma aparente e dessa tempestade interna que há em você…
Borboleta Azul
Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina. O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
– O que você vai fazer?
– perguntou a irmã?
– Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
– Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
– Depende de você. Ela está em suas mãos.
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos).
Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta. Cabe a nós escolher o que fazer com ela
“Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água.”
Chico Buarque
Pois é
Talvez eu seja uma pessoa qualquer
Que durou mais que o combinado
Nesse seu jogo tão fechado
Fiquei mal
Mas de qualquer forma isso foi o sinal
E você me fala que tudo é normal
Me pede desculpa não foi sua culpa
Tá tudo legal (…)
Lucas Lucco – Saudade Idiota
Duas crianças estavam patinando sobre um lago congelado. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu na água. A outra criança ao ver seu amigo se afogando, pegou uma pedra e com toda a sua força, começou a quebrar o gelo e conseguiu salvá-lo. Quando chegou o socorro, alguém perguntou: “Como conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo: suas mãos são muito pequenas.” E então, um ancião que estava perto disse: “Não havia ninguém ao seu lado para dizer-lhe que ele não seria capaz.
Não te apaixones.
Definido ou não o tempo de parar de pensar, de recordar e colocar virgulas onde já existem pontos finais. Pensando bem, a vida é mesmo assim, um punhado de lindos começos e na maioria um punhado de finais nada felizes. Que este pra sempre que um dia sei que irá chegar, seja realmente o para sempre, não dos contos de fadas, mas daqueles carregados de sentimentos e gestos de carinho, camuflados de boa vontade de risos largos. O caminho é longo, as pessoas são complicadas e o tempo nem sempre está a nosso favor. Buscar a dita felicidade é tarefa árdua para os amantes do amor vivido, do amor recebido, do amor que diz ser amor.
Busquei, lutei por um amor, que acreditava que seria o do tal para sempre. Mas ele se foi. Passou e ficou lá, no cantinho da memória que vezes e vezes volta a incomodar. Decidi agora riscar no ponto final o meu ponto final, o final que hoje enxergo. O ponto final onde começo apagando suas memórias, suas risadas, seus vídeos, suas fotos… e todos os olhares apaixonados que guardei de ti. Hoje, fazendo quase um mês do nosso fim. Não reclamei da sua falta. Então fica ai, no cantinho, cantinho que também um dia vou murar e não mais permitir que tu reapareça para apagar alguns dos meus sorrisos.
Valeu, cada momento!